Você se valoriza?

A sua auto-estima está ligada ao valor pessoal, isto é, o quanto você se valoriza ou não. Em outras palavras, é o quanto você se sente bem consigo mesmo.
Aprendemos a medir o nosso valor pessoal pelo tamanho da conta bancária, dos cargos, títulos, status, conhecimentos, inteligência e padrão de beleza física.
Através desses atributos, passamos a maior parte de nossas vidas nos comparando com os outros. Desta forma, se você não possuir esses atributos, não se sentirá bem, não terá uma boa auto-estima.
No meu entender, valorizar-se verdadeiramente não tem nada a ver com os outros, mas somente consigo mesmo.
Veja o caso da cirurgia plástica. Na verdade, a plástica não garante necessariamente uma boa auto-estima, pois quem não gosta de si continuará se vendo negativamente.
Neste aspecto, a plástica não foi feita para gerar auto-estima, mas, sim, para celebrar a auto-estima que já existe dentro de você. Portanto, valorizar-se é algo interno, uma conquista, um trabalho interior, é esse trato amistoso consigo mesmo. Ou seja, é ter um profundo respeito e apreço por si, sendo verdadeiro acima de tudo, amigo de si mesmo, ficando sempre de seu lado, principalmente diante das críticas alheias.
Também é não se criticar ou, condenar-se o tempo todo quando de erros; é se perdoar, não guardando mágoas, ressentimentos de si mesmo quando algo dá errado em sua vida.
Enfim, é ser verdadeiro, honesto com você, aprendendo a dizer não diante de um pedido que você não está a fim de aceitar ou que irá de alguma forma lhe prejudicar.
Ser honesto é ser íntegro, inteiro, é não ficar dividido odiando o seu trabalho, sua profissão, mas continuando a exercê-la; é deixar de conviver com um parceiro tóxico, desqualificador, que a destrata, humilha, agride-a física e/ou verbalmente. São exemplos do quanto você não está sendo honesto, íntegro, consigo mesmo.Eu me recordo de uma pessoa que me procurou aos prantos, sentindo-se bastante insegura, assustada, pois na empresa onde trabalhava, entre os funcionários ela foi escolhida para fazer parte da diretoria. Angustiada, disse-me que não podia aceitar o cargo porque não se sentia à altura, achava que não tinha competência para exercê-lo. Achava, sim, que seus colegas é que tinham competência, menos ela.
Eu lhe disse que se ela foi escolhida, porque certamente a viam entre os funcionários mais capaz  para ocupar esse cargo.
Ela me explicou que desde criança sempre fora insegura, e que tinha o hábito de colocar as outras pessoas no pedestal, sentindo-se inferior, vendo-as como superiores.
Nutria, portanto, um forte sentimento de inferioridade, não se vendo como uma pessoa capaz, com qualidades. Sempre fora bastante submissa, obedecia rigorosamente às ordens dos pais, professores, chefes, com medo de sofrer represálias ou desagradá-los. Necessitava muito da aprovação alheia.
Desta forma, fazer parte da diretora desta empresa,  a apavorava sobremaneira, pois teria que dar ordens, gerenciar pessoas, conflitos, delegar funções, enfim, ter que em muitos casos-, desagradar às pessoas, o que nunca fizera em sua vida. E esse cargo a levaria a ficar em evidência, sujeita a elogios, bem como a críticas e julgamentos.
Finalizo dizendo que as vezes as pessoas tem uma baixa auto-estima por ainda estar presa, apegada às experiências dolorosas, às humilhações que passou nas vidas passadas. Mas que não se prendesse a rótulos e às condições sócio-econômicas desfavoráveis que experimentou no passado, pois o seu verdadeiro eu é o seu espírito, que é a nossa verdadeira natureza, o que somos de verdade, ou seja, a nossa verdadeira essência, pois somos únicos, singulares, um fenômeno individual, uma jóia rara. Por isso, não somos nem superiores e nem inferiores, um milagre suficiente para não ter que se comparar com ninguém, a não ser consigo mesmos.
Mensagem do Pastor Silvino Castro -  Conselheiro Familiar

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